FOLHA DE S. PAULO: Alzheimer na periferia traz desafios estruturais, financeiros e de diagnóstico

por | seg, 2-10-23 | Notícias

Reportagem de Danielle Castro para a Folha de São Paulo publicada em 02 de outubro de 2023 relata a lentidão do acesso a diagnóstico, cuidados e tratamentos para quem tem Alzheimer e tipos de demência em um contexto de vulnerabilidade social. Começa com a história de Josefa Maria Carneiro, 85, moradora de Heliópolis, para quem foram 25 anos entre os primeiros sintomas e o diagnóstico – a família se reveza em cuidados. Tereza Pereira, 85, que descobriu o Alzheimer há cerca de 6 anos e recebe um auxílio do governo para pessoas com deficiência que paga uma cuidadora durante a semana. Além de Ivanilda Basílio, 74, que tem demência e cuja família classifica como “muito lento” os atendimentos, exames e acesso a medicamentos pelo SUS.

O texto cita levantamento publicado este ano pela Unifesp que revelou que aproximadamente 77% dos idosos brasileiros com demência não receberam o diagnóstico. Outro estudo, da USP, mostrou que regiões mais pobres do Brasil seriam as principais beneficiadas se fatores de risco para demência, como baixa escolaridade e hipertensão, fossem reduzidos por meio de políticas públicas eficazes.

Outro fator importante são as condições socioeconômicas, ligadas à questão racial e a desigualdade de gênero no Brasil: “As mulheres são mais acometidas, são elas que têm menos acesso ao estudo, menos condições de galgar postos de profissão”, diz Celene Queiroz Pinheiro, geriatra e presidente da Associação Brasileira de Alzheimer (regional de São Paulo). A geriatra explica o processo lento: “Existe dentro do SUS um prazo de dois a três anos, em média, para a pessoa perceber e iniciar o tratamento, e sabemos que é importante começar o quanto antes”, afirma.

Segundo a reportagem, a estratégia deve incluir treinamento das equipes de saúde para o diagnóstico precoce, além de oferecer apoio, inclusive financeiro, aos cuidadores. E cita ainda o documentário “Alzheimer na Periferia” (2020) de Jorge Felix, professor de economia no curso de Gerontologia da USP. Felix diz que a própria cidade atua como antagonista do cuidador que vive na periferia, seja pela estrutura precária das casas, pela distância dos centros médicos ou pelo custo do transporte.

Para ler o texto completo, acesse: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrio/2023/10/alzheimer-na-periferia-traz-desafios-estruturais-financeiros-e-de-diagnostico.shtml

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