Matéria de Gabriel Zanlorenssi e Giovanna Hemerly no Nexo Políticas Públicas explicita o acesso a creches em nível nacional. Os autores construíram infográficos com dados da Pnad Contínua, 2019, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Entre os destaques de desigualdade está o recorte racial: apenas 32,4% das crianças negras de 0 a 3 anos estão matriculadas nas creches, o número sobe para 39,3% para crianças brancas.
O padrão se repete em todas as regiões, sendo que a Sul apresenta a maior discrepância (4%) e a Norte, a menor (0,5%).
Outro recorte social explorado foi o de renda per capita:
As crianças de famílias mais pobres são as que têm as menores taxas de acesso às creches. Entre famílias com renda per capita acima de 3 salários mínimos, o acesso é maior porque elas podem recorrer a rede privada.
A desigualdade racial no acesso à creche fica ainda mais gritante na rede privada onde crianças brancas são 62% e negras 38%. A proporção se inverte na rede pública com 54% de crianças negras e 46% de crianças brancas.
O texto explica que a meta 1 do Plano Nacional de Educação atual é a matrícula de 50% das crianças de 0 a 3 anos em creches, até 2024. “A meta está longe de ser alcançada. Há uma dificuldade, em especial, de acesso das crianças negras (pretas e pardas) às creches”. E continua:
“Creches são importantes para as crianças e para as cuidadoras. Acesso às creches beneficia o desenvolvimento da criança e permite o acesso ao mercado de trabalho para as mães, que geralmente são as cuidadoras”.
Para ver os infográficos, clique aqui: https://pp.nexojornal.com.br/Dados/2023/09/27/A-desigualdade-racial-no-acesso-a-creches-no-Brasil
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